Em um mundo cheio de ruídos, especialmente no ambiente de negócios, os profissionais se perdem com facilidade. É tanto barulho, tanta gritaria, que ninguém sabe direito para onde correr.
Entretanto, existe um silenciador muito eficaz para usar contra a barulheira do mundo moderno, e o nome dele é foco. Muito simples falar, dificílimo de praticar. Escolher as poucas boas coisas para fazer e ter coragem de dizer não para várias outras coisas boas que poderiam ser feitas, esse é o graal sagrado da liderança empresarial. Pouquíssimos conseguem.
Em um ambiente desfocado, ganha atenção quem cria emergência, e nada melhor para criar emergência do que fazer barulho. Geralmente estes criadores de emergências são vilanizados nas empresas. Apesar de serem vistos como pessoas com apurado senso de urgência e alta capacidade de entrega pelos superiores, são vistos como histéricos, injustos e maus colegas pelos pares e subordinados. A questão é que esses vilões criadores de emergência são apenas e tão somente um produto do seu meio. Criam a emergência justamente para ganharem foco sobre seus temas, que não são naturalmente priorizados por decisões corajosas dos seus líderes empresariais.
É claro que, mesmo em ambientes altamente desfocados, existem profissionais que insistem em olhar o todo, convencer os outros e tentar alinhamento com bons argumentos, fatos e dados, mas geralmente acabam perdendo espaço no curto prazo para aqueles que sabem onde está o botão do alarme de incêndio.
Cabe a nós, líderes empresarias, ler o ambiente, tomar coragem e decidir o que fazer, e o que não fazer agora. Mesmo em ambientes conturbados, essa coragem e clareza trazem para os times o silêncio necessário para que façam o trabalho certo, na hora certa e na qualidade certa.
Na essência, liderar é garantir para o seu time silencio para que os bons resultados sejam atingidos.